segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PSOL confirma candidatura de Randolfe Rodrigues a Presidência do Senado


Na tarde desta segunda feira 31 de janeiro, a bancada do PSOL no congresso nacional, oficializou a candidatura do Senador eleito Randolfe Rodrigues, a Presidência do Senado. Randolfe foi o senador mais votado no Amapá, com 203.259 votos, e é também o Senador eleito mais jovem do país, com 38 anos. Antes de ser eleito senador Randolfe ja foi por dois mandatos Deputado Estadual. A liderança do PSOL no Senado ficará com a senadora eleita pelo Estado do Pará, Marinor Brito. Marinor trabalhará juntamente com o novo vice-líder, o senador eleito e candidato do partido a presidência do Senado, Randolfe Rodrigues. Marinor Brito assume seu primeiro mandato como senadora após intensa batalha política pela aprovação da lei da “Ficha Limpa”. A lei desbancou o candidato Jader Barbalho que foi impugnado pelo STF por ter renunciado ao mandato, no ano passado, para evitar a cassação. Com a experiência de quem foi professora, dirigente sindical em defesa da educação pública de qualidade para todos e em todos os níveis de ensino e vereadora do município de Belém por três legislaturas, Marinor pretende representar a população do seu estado, no Senado Federal, lutando pela igualdade social e inclusão do povo da Amazônia e o combate à corrupção.
Candidato do Governo Dilma, Sarney militou na Arena, o partido da ditadura militar. Sarney agora no PMDB é candidato fluvial, todos os outros partidos com assento na casa escoaram em movimento lerdo e passivo para o colo de Sarney.
Não fosse a decisão do PSOL, Sarney seria unanimidade. “Pelo menos dois votos nós teremos”, diz Randolfe. Sua conta inclui, além do próprio voto, o de sua colega de bancada, a recém-eleita Marinor Brito (PSOL-PA). Além de historiador, Raldolfe é bacharel em Direito e mestre em ciência política. Embora neófito no Senado, ele resume assim a mensagem de seu partido: “Nos últimos quatro anos, o Senado viveu uma gravíssima crise ética e moral...” “...Seria importante que os senadores sinalizassem para a sociedade alguma preocupação com a mudança. Nós não acompanharemos a maioria”. Sarney PMDB-AP caminha para a tetrapresidência sem o inconveniente de ter de debater um programa para sua “nova” gestão. Para diferenciar-se, Randolfe esgrime uma plataforma que lembrará aos 81 senadores que se quiserem têm o que fazer. Consiste em quatro pontos:
1. AUTONOMIA: “O Senado tem de ser protagonista da cena política, independente e autônomo. Não pode ser Casa de recepção de medidas provisórias. As que forem aceitas, tem de respeitar os preceitos constitucionais de relevância e urgência”.

2. FISCALIZAÇÃO: “O Senado, assim como a Câmara, tem a obrigação de exercer a nobre atribuição constitucional de fiscalizar os atos do Poder Executivo”.

3. ÉTICA: “O Senado não pode fingir que nada aconteceu. A Casa tem de passar por uma profunda reforma ética: transparência de todos os atos e nomeações, contas na internet, tudo submetido ao controle público”.

4. REFORMAS: “Queremos agilizadar as reformas política e tributária. Não reformas de interesse dos políticos, mas da sociedade. O Congresso não pode ser presa do Executivo. Sua agenda tem de ser a agenda do Brasil”.
Segundo Randolfe, o PSOL não é movido a caprichos. O partido se dispõe a apoiar “outro candidato mais viável, que encarne a mudança”.

Na última sexta feira dia 28, o próprio Randolfe abriu diálogo com colegas de outras legendas entre eles Lindberg Farias-PT/RJ, egresso do movimento estudantil, Randolfe conhece Lindberg da União Nacional dos Estudantes-UNE, os dois pintaram a cara e foram as ruas pelo impeachment de Fernando Collor em 1992. Hoje, Lindberg integra uma megacoligação que inclui Collor, Renan Calheiros e o candidato do governo Dilma, Sarney. “Se o diálogo não prosperar, o PSOL terá candidato. Está resolvido”, disse Randolfe.“No mínimo, o Senado teria de fazer uma autocrítica. Tudo está acontecendo como se nada de extraordinário tivesse ocorrido aqui. A sociedade espera mais” disse o senador eleito candidato a presidência do senado.

Enilton Rodrigues

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