sábado, 10 de julho de 2010

Controladores que se rebelaram e provocaram o apagão nos aeroportos querem ser deputados

Replico essa matéria da ISTO É, também replicada no blog do maestro Jorge Antunes candidato a Senador 500 pelo Distrito Federal, sobre os combativos controladores de vôo e também candidatos a Dep Federal Wellington Rodrigues 5050 e a Dep Distrital Edleuzo Cavalcante 50150

Caos aéreo rende votos? Controladores que se rebelaram e provocaram o apagão nos aeroportos querem ser deputados

Revista ISTOÉ Eleições 2010
N° Edição: 2122 | 09.Jul - 18:00 |Atualizado em 10.Jul.10 - 12:42
Claudio Dantas Sequeira

PELAS URNAS
O sargento Edleuzo Cavalcante e o controlador
Wellington Rodrigues querem fazer a bancada da corporação
Em setembro de 2006, um grupo de controladores de tráfego aéreo rebelou-se contra o regime de trabalho, alegou que as condições de segurança nos céus eram precárias e detonou o caos nos aeroportos. O motim virou de ponta-cabeça a vida de milhares de brasileiros. Só em dois dias de greve, 18 mil passageiros foram prejudicados. O governo demitiu 40 desses controladores e afastou do trabalho outros 150, mas pouco fez para melhorar a rotina dos aeroportos. Agora os responsáveis pelas rotas decidiram organizar nova batalha: desta vez nas urnas, o que não deve representar um pesadelo para os cidadãos. “O governo não fez as reformas que prometeu por falta de vontade política. Então vamos montar a nossa própria bancada”, afirmou o controlador Wellington Rodrigues, que se lançou candidato do PSOL à Câmara dos Deputados.

Com a experiência de quem foi preso pela FAB durante a rebelião, o sargento Wellington aponta a desmilitarização do controle do tráfego aéreo como a principal bandeira da campanha. Ele não acredita que os controladores rebelados serão estigmatizados pelo eleitor. “Nossas denúncias foram um divisor de águas. Vamos cobrar mais fiscalização dos voos e transparência na investigação de acidentes”, afirma. Ele é contra a privatização dos aeroportos, assim como o presidente da Associação Brasileira de Controladores de Voo, sargento Edleuzo Cavalcante, candidato a deputado distrital pelo PSOL no DF.

Os controladores miram, na verdade, um nicho eleitoral. O sargento Cavalcante afirma que seu mandato pertencerá a “todos os militares”. Promete que vai “defender uma reformulação do plano de carreira e uma política habitacional específica”. Wellington Rodrigues engrossa o coro: “Não somos contra a FAB, mas o controle de tráfego deve ficar nas mãos de civis, como no resto do mundo.” Em São Paulo, o ex-diretor da Associação dos Controladores Maurício Eduardo Mello, candidato a deputado federal pelo Partido Progressista (PP), completa a plataforma deles: “Regulamentar a profissão, criar uma universidade que forme controladores e criar um plano de carreira”, defende. Na FAB, a candidatura de controladores é vista com desconfiança e vem sendo monitorada pelo centro de inteligência. Mas, diante dos gargalos dos aeroportos, o debate levantado pelos controladores é até oportuno. E, pelo menos desta vez, não prejudica ninguém.
fonte:http://jorgeantunespsol.blogspot.com/2010/07/caos-aereo-rende-votos-controladores.html

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